O que é o lado sombrio da nossa personalidade?
- Mariana Giglio
- 1 de mar. de 2024
- 2 min de leitura

Todos nós possuímos uma “sombra” que se refere ao aspecto da personalidade oculta que habita dentro de todos nós. Ela representa tudo aquilo que em algum momento do nosso desenvolvimento foi reprimido por julgarmos não se adequar a cultura, a família, ao meio que estamos inseridos ou que é desconhecido por nós.
É tudo o que negamos em nós, mas que permanece atuante de forma inconsciente, tudo o que não aceitamos, mas a nossa natureza teima em revelar, podendo ser nossos medos, inseguranças, raiva, ciúme, inveja e outros sentimentos.
Quanto mais inconsciente ela está, mais domínio ela tem sobre nós. A negação desses aspectos sombrios pode levar a um grande sofrimento emocional, além de dificuldades em relacionamentos, já que os conteúdos desconhecidos por nós são reprimidos e tendem a serem projetados em outras pessoas, onde não reconhecemos que são características nossas.
Um dos objetivos do processo de psicoterapia e de autoconhecimento é o encontro com a sombra. O objetivo não é destruí-la, mas sim integrá-la! O encontro com a sombra não é um caminho fácil, é um processo doloroso. É preciso muita coragem para reconhecer quem realmente somos.
Embora essa definição possa soar negativa, a sombra não deve ser igualada ao mal. Carl Jung, fundador da psicologia analítica, acreditava que todos os aspectos que compõem a nossa personalidade, sejam defeitos ou qualidades, são indispensáveis. Quando estão em harmonia, somos capazes de usar todo o nosso potencial criativo.
Esses elementos sombrios também podem ser qualidades adormecidas ou pouco utilizadas que possuem um potencial muito rico.
“Uma pessoa não é iluminada por imaginar figuras de luz, mas por estar ciente da escuridão.” -Carl Jung
Mariana Giglio - Psicóloga Clínica
CRP: 06/88028
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